Menos de 20 km separam Porto Alegre do local onde a empresa chinesa Zhejiang Energy Group e a Copelmi Mineração pretendem instalar a maior mina de carvão do país. Entidades denunciam que a Fepam estaria acelerando o processo de análise da licença ambiental (Foto em destaque: Maia Rubim/Sul21)
Diante de um cenário no qual a própria China e países da Europa, como a Alemanha, adotam leis ambientais mais rígidas para proteger a sua população e reduzir o uso do carvão mineral, o Rio Grande do Sul tem resgatado atividades ligadas aos combustíveis fósseis. Um dos projetos, prevê a instalação de uma mina aberta de carvão às margens do Rio Jacuí, inclusive com uma mancha que entraria por baixo do rio, administrada pela empresa chinesa Zhejiang Energy Group e pela Copelmi Mineração.
De acordo com o movimento “Salve o Jacuí”, esta seria a maior mina de carvão a céu aberto no país, extraindo 166 milhões de toneladas, e isso apenas na primeira fase.
No dia 14 de março, o Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais (INGÁ), a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) e a União Pela Vida (UPV) obtiveram uma liminar que cancelava a audiência pública marcada em Charqueadas, um dos municípios atingidos, já que a audiência havia sido convocada antes da conclusão da análise técnica de aceite do Estudo de Impacto Ambiental pelo órgão ambiental. Segundo as entidades, a EIA/RIMA foi disponibilizado “com lacunas e omissões de questões relevantes, entre elas a análise adequada das alternativas locacionais do empreendimento, em desconformidade com a legislação e violando o direito à participação da sociedade”. No mesmo dia, 15 minutos antes do horário agendado para o início da audiência, o presidente do Tribunal Regional Federal da 4a. Região (TRF4), desembargador Thompson Flores, derrubou a liminar que suspendia a realização.
Fernando Campos, da Amigos da Terra, esteve presente durante a audiência. “Em função da quebra da liminar, a empresa teve maioria, com a presença de muitos funcionários da Copelmi, seguranças privados de forma ostensiva e a presença da polícia”, disse.
Imagens da audiência do dia 14 de março, que seria suspensa, mas acabou sendo realizada em Charqueadas.
Os movimentos que lutam pela preservação do Jacuí também observam que a Fepam liberou o projeto para a audiência antes de todos os documentos necessários serem analisados, o que representa uma “canetada” da ex-secretária, Ana Pellini, antes de sua saída para o governo federal.
O local a ser explorado fica a cerca de 20 km dos bairros da Zona Norte da Capital, e a cerca de 7 Km da Ilha da Pintada e do condomínio Ponta da Figueira, em Eldorado do Sul. Todos estes locais sofreriam impacto na qualidade do ar com a implantação da mina. Além disso, a produção de arroz agroecológico do assentamento do MST, presente na região há mais de uma década, seria extinta. Nos dias de vento, a poluição também será direcionada para cidades como Canoas, Sapucaia, Esteio, São Leopoldo e Novo Hamburgo, ameaçando a qualidade de vida dessas comunidades.
As imagens de chineses usando máscaras correram o mundo, após a poluição massiva do ar e das águas devido ao uso do carvão. Elas geraram grande preocupação e fizeram com que sociedades comprometidas com o meio ambiente e a saúde não aceitassem mais esse tipo de exploração.
“O transporte do carvão também é algo extremamente poluidor por causa da poeira, afetando as estradas, as cidades e a produção do entorno. Na Europa as termoelétricas de carvão estão sendo extintas e essa sucata industrial está vindo para cá com o discurso de energia limpa”, diz Fernando.
As entidades ambientais e os moradores da região seguem mobilizados contra a instalação da mina de carvão e aguardam nova audiência pública.
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Loucura total…a preocupação com o meio ambiente e a poluição é uma das prioridades da população, como vão instalar uma mina de carvão …cadê os os órgãos responsáveis que se preocupam com a população …os governantes que se elegem e juram fazer o bem para os eleitores??
Isso não pode acontecer, precisamos nos unir pelo nosso bem..
Não podemos permitir ,mineradora aqui no Jacui.ta louco.
isto é um absurdo
Gostaria de saber o que é possível fazer para participar do movimento? Ou ajudar. Grata.
Por favor façam abaixo assinado para o governo não deixar isto acontecer! Mobilizem pessoas em geral, arrozeiros, veterinários, estudantes, funcionários públicos. Vamos defender nossa terra. Sou gaúcha com orgulho, sou mãe e me preocupo com o futuro das crianças. Vamos fazer grandes excursões finais de semana para este lugar, postar fotos dos lugares e fazer rodar pelo pais o que ainda resta da natureza falar com empresas de Turismo para fazerem preços economicos , todos irão. Passeios de escolas particulares e públicas. Piqueniques. Vamos nos unir! Compartilhem! Por favor.
Conte comigo,vamos fazer um abaixo-assinado urgente contra essa destruição do meio ambiente. A ganância tomou conta do mundo,o q importa é geração de lucros as custa da natureza.Não podemos aceitar isso!😳
Gostaria,de saber quantos empregos diretos vai gerar está atividade,e se é possível exercer tal atividade sem impactos ambientais , relevantes.
O que podemos fazer, como cidadãos, pra ajudar? Não tem um abaixo assinado?
Acho um absordo que esse governo estadual não tenha consciência a longo prazo oque isso vai causas na população deu pra ver que só importa o dinheiro tem pantas outras atividades pra gerar empregos mas ele querer trazer pra nós oque os outros países ja não querem mais poluição do ar água e terra um desrespeito total com o cidadão.
Voltar para a idade média não é para o Rio Grande do Sul. Carvão só para churrasco… E olhe lá…forno elétrico já! Viva a energia plana e a Era da Luz!