Na próxima segunda-feira (28), será realizado o Seminário sobre Polígonos de Exclusão de Pulverização Aérea de Agrotóxicos na Região Metropolitana de Porto Alegre, na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), Zona Sul de Porto Alegre, Av. Coronel Marcos, 1039. O evento contará com a presença de movimentos sociais, entidades, organizações que lutam por justiça ambiental e demais participantes, e será transmitido ao vivo.
O seminário une as reivindicações dos movimentos sociais e busca discutir as formas de contribuição e de mobilização para a elaboração de uma política de desenvolvimento de polígonos de exclusão aérea de agrotóxicos. Serão destacados os já existentes, onde estão localizados e a importância da construção de políticas que deem conta de garantir os direitos de produzir alimentos sem contaminação, com respeito à natureza e a saúde da população.
O evento será na Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB), localizada na Avenida Coronel Marcos, 1039. O estacionamento é gratuito. A atividade contará com transmissão online, para acompanhar acesse nas redes: Amigos da Terra Brasil, jornal Brasil de Fato/Rio Grande do Sul, Rede Soberania e Repórter Popular.
A expectativa para o evento, conforme uma assentada que sofreu o ataque de pulverização aérea em sua casa, é de que: “Esperamos mobilizar ainda mais a sociedade em relação a problemática da pulverização aérea de agrotóxicos (aviões e drones) como problema de saúde pública e ambiental”.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DO SEMINÁRIO
1) Lançamento do material de 1 ano da deriva em Nova Santa Rita (RS)
2) Apresentação de questões jurídicas: objetivo da criação dos polígonos.
3) Carta das entidades pedindo a criação de zonas de exclusão (Polígonos) e o fim da pulverização aérea de agrotóxicos.
4) Debate
5) Encaminhamentos
Entenda o contexto
Em novembro de 2020, ocorreu um atentado de pulverização aérea de agrotóxicos , localizada na cidade de Nova Santa Rita e Eldorado do Sul (RS), região metropolitana de Porto Alegre. A pulverização de agrotóxicos sobre uma fazenda produtora de arroz, Granja Nenê, se dispersou para além da área prevista, contaminando com resíduo tóxico toda a região vizinha, como assentamentos produtores de alimentos orgânicos, o centro do município, a água e o ar da região. O resíduo levado pelo vento é chamado de “deriva”, termo que tornou conhecido o caso de ataque agroquímico sobre a população. Em março de 2021, a Justiça Gaúcha concedeu liminar em favor dos produtores de orgânicos. A decisão determinou que a União, o Estado do RS e a Fepam deveriam apresentar relatório com a adoção de medidas de fiscalização, monitoramento e proteção às áreas de produção agroecológica e culturas sensíveis na região. Também foi estabelecida a suspensão do uso de agrotóxicos na propriedade rural Granja Nenê.Contudo, já foram contabilizados três atentados similares desde o final de 2020. Sendo assim, torna-se urgente que se estabeleça uma proibição da pulverização por qualquer via, para além de projetos de leis municipais.
A discussão sobre o estabelecimento destes polígonos de exclusão no local começou a partir deste caso de deriva ocorrida na região metropolitana, a qual provocou a completa destruição da produção orgânica de mais de 40 famílias.
Relembre como ocorreram os atentados de pulverização aérea de agrotóxicos pelo material produzido em conjunto com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST)
Ataques foram narrados em forma de materiais gráficos, de audiovisual e em forma de texto. CLIQUE AQUI para ver
Excelente iniciativa!
https://youtu.be/qiH1cpsDJLA