Aqui você vai encontrar os arquivos do programa de rádio da Amigos da Terra Brasil, o Ecoando Resistências. Ele é mais um espaço de denúncia ao avanço do capital sobre as comunidades e sobre a natureza.
— TEMPORADA 1 —
Na 1ª temporada vamos falar dos impactos da pandemia do coronavírus nas comunidades e nos territórios.
// Episódio 6 – Pós-pandemia: outros caminhos possíveis
No último episódio da 1ª temporada do nosso podcast, olhamos pra frente: e ainda que estejamos no meio do furacão e seja difícil falar sobre o que virá, te convidamos para refletir juntos sobre quais são os futuros possíveis no pós-pandemia. O que precisamos fazer para construir o futuro que queremos? Afinal, o que estamos aprendendo com essa crise e o que nos espera ali na frente?
A conversa é com a Nalu Faria, da Marcha Mundial das Mulheres e da Sempreviva Organização Feminista, que fala sobre outra economia possível, solidária e feminista, em contraposição às desigualdades capitalistas. Também ouvimos o Ildo Pereira, do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Ele fala sobre as redes de solidariedade que surgiram em resposta à crise atual e a urgência da Reforma Agrária.
Conversamos também com a Magnólia Said, da rede Jubileu Sul, e com a Lúcia Ortiz, nova presidenta da Amigos da Terra Brasil. Pensando em formas concretas de construção de um novo mundo, a Magnólia reflete sobre como os pagamentos de juros da dívida pública brasileira poderiam estar sendo direcionados a gastos sociais e apoiando o combate ao coronavírus. Já a Lúcia fala sobre as posições da federação Amigos da Terra frente aos desafios para uma recuperação justa pós-pandemia e de medidas como a taxação de grandes fortunas.
No quadro Absurdo da Vez, a advogada e pesquisadora na área da segurança pública Larissa Urruth aborda o tema da violência policial, que segue aumentando mesmo durante a pandemia. E no Momento Cultural, a poesia de Felipe Deds, dos Poetas Vivos (instagram.com/poetasvivxs).
Existem caminhos possíveis, vamos construir juntas e juntos! Esse é o último episódio da temporada do podcast, mas em breve retornamos com uma nova temporada e com mais vozes! Ecoando Resistências!
// Episódio 5 – Farsa S.A – a farsa das doações empresariais no combate à Covid-19
Neste 5º episódio do programa abordamos a farsa das doações no combate ao coronavírus por parte das empresas produtoras de celulose, do agronegócio, exploradoras de petróleo e mineração no Brasil. A chamada Solidariedade S.A. As denúncias são construídas a partir de uma carta assinada por mais de 50 organizações.
Ouvimos Eduardo Raguse da AMA Guaíba (Amigos do Meio Ambiente), ele conta como a empresa CMPC Celulose tem impactado a saúde dos moradores do município de Guaíba (RS) onde ela opera. Também falamos com a Lizzie Díaz, da WRM, que nos conta como a narrativa positiva das empresas não condiz com as práticas violadoras de direitos que se replicam de forma similar em diferentes países, especialmente no sul global. Conversamos também com Algemiro da Silva Karai Mirim, da aldeia guarani Sapukai, em Angra do Reis e com a Eva Rete Mimbi Benite, indígena da região de Parati. Eles trazem a realidade dos territórios, que encaram problemas básicos em meio à pandemia, como a falta de saneamento e dificuldades de manter medidas de prevenção como o isolamento social.
No quadro Absurdo da Vez a pesquisadora Valéria Fernandes explica o fenômeno das nuvens de gafanhotos sob uma perspectiva histórica na relação de migração dos insetos para além das fronteiras da região.
No Momento Cultural, contamos com a poesia potente da Mikaela Coelho do coletivo Poetas Vivos. (instagram.com/poetasvivxs)
// Episódio 4 – territórios sob ataque e pandemias futuras
O Brasil vai virando um gigantesco campo de soja e é claro que destruir a sócio-bio-diversidade nos territórios tem consequências. O avanço do agronegócio, da pecuária intensiva e da indústria extrativista transforma florestas e comunidades em monocultivos, em cavas e em pilhas de rejeitos de minérios. A criação industrial de animais para o abate é uma panela de pressão para novas mutações de vírus, pronta pra explodir. Se mantivermos essa forma de produção, vamos ter que nos acostumar a viver assim, isolados e de máscara.
A mudança precisa ser estrutural.
No 4º episódio do nosso podcast conversamos com a Lídia Amaral, do Quilombo Pérola do Maicá, e com o Francinaldo Miranda, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santarém. A região onde eles vivem tem sido invadida por intermináveis campos de soja. Ouvimos também a Larissa Packer, pesquisadora da Grain. Eles publicaram um estudo que relaciona o avanço do agronegócio e da indústria da carne com o desenvolvimento de pandemias como a do coronavírus. A conversa segue ainda com o Ninawá Huni Kui, líder do seu povo no Acre, e com a Rose Padilha, do CIMI-Acre. A gente já tinha conversado com eles no terceiro episódio, e dessa vez eles contam mais sobre os ataques aos territórios tradicionais durante a pandemia e a necessidade de mudarmos nossos padrões de produção e consumo para que superemos este momento.
No quadro Absurdo da Vez, a Letícia Paranhos, da Amigos da Terra Brasil, falou sobre a militarização da Amazônia. E no Momento Cultural, tem a poesia do artista Miroez (instagram.com/miroez)
// Episódio 03 – o impacto do coronavírus nos povos originários e nas comunidades tradicionais
Neste episódio conversamos com Ninawá Huni Kui, liderança do povo Huni Kui, e com a Rose Padilha, do CIMI-Acre, sobre o descaso dos governos com a saúde indígena e o avanço dos ataques do agronegócio e da mineração a territórios tradicionais mesmo durante a pandemia. Ouvimos também a Mãe Pati e o Onir Araújo, da Frente Quilombola no Rio Grande do Sul, que denunciam os projetos de morte que surgem em âmbito federal e local, como o PL da Grilagem e o corte de linhas de ônibus em Porto Alegre e em outras cidades – isolamento social pra quem, afinal? No quadro Absurdo da Vez, falamos com o MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) sobre o PL da Privatização da Água aprovado pelo Senado Brasileiro no último 23 de junho e que aguarda sanção presidencial para virar lei. No Momento Cultural, contamos com a intervenção dos Poetas Vivos (instagram.com/poetasvivxs)
// Episódio 02 – o capital NÃO FAZ quarentena
Nesse episódio falamos de quem não faz quarentena: em um período de pandemia e de recomendações de isolamento social, empresas mineradoras e do agronegócio ignoram os riscos de transmissão do coronavírus e seguem suas atividades normalmente. Aliás, a mineração foi definida como atividade essencial pelo governo Bolsonaro, garantindo seu funcionamento durante a pandemia. Conversamos com o MAM (Movimento Pela Soberania Popular na Mineração) e com a Marília Gonçalves, militante do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e da Amigos da Terra Brasil. Ela é assentada da Reforma Agrária no município de Herval, Rio Grande do Sul, região que enfrenta há anos o avanço do agronegócio e dos monocultivos. No Absurdo da Vez, Valmor Guedes, diretor da Associação dos Servidores do Grupo Hospitalar Conceição, fala sobre as ameaças de privatização do sistema de saúde e da falta de equipamentos e cuidados para com as e os profissionais da saúde mesmo em meio à pandemia. No Momento Cultural, as rimas de Gabriel Nascimento.
// Episódio 01 – remoções e acesso à água em meio à pandemia
Conversamos com moradores da Vila Nazaré, que estão sendo expulsos do local onde vivem há cerca de 60 anos para que a pista de pouso do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, seja expandida. A responsável pela obra é a transnacional alemã Fraport, que não cumpre suas obrigações contratuais no processo de remoção – que seguem ocorrendo mesmo em meio à pandemia. Conversamos também com o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), que acompanha de perto a situação da Nazaré; e com o MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), que protocolou ofício na prefeitura de Porto Alegre com demandas para o acesso à água da população, como suspensão das multas e desligamentos em meio à pandemia. No quadro Absurdo da Vez o pessoal do CIMI/Acre (Conselho Indigenista Missionário – Regional Acre) fala sobre o PL 2633, o famigerado PL da Grilagem. E no Momento Cultural, a voz e as rimas da poetisa Giovanna Silveira.