Te apresentamos “Azotea”, o novo podcast de Amigos da Terra América Latina e Caribe (ATALC), uma proposta profunda por justiça ambiental que sacudirá o mundo desde as alturas. Em três episódios, a impunidade corporativa e as injustiças de um modelo econômico que coloca o lucro acima das vidas são expostas, assim como o impacto na vida dos povos e territórios.
A série sonora é um mergulho na luta dos povos amazônicos e da União das Pessoas Afetadas pela Chevron-Texaco (UDAPT) pela defesa dos seus territórios contra a ação criminosa da #Chevron. Além da denúncia, o podcast traz um chamado para a ação, instigando ouvintes a se unirem na defesa dos direitos humanos e à proteção do meio ambiente. Nessa travessia sonora, você descobrirá como pode contribuir na defesa de nosso planeta e dos direitos dos povos afetados.
No primeiro episódio, por meio da história de Bruna, uma jovem equatoriana que enfrenta o caos em Buenos Aires, exploramos o impacto da conta minação petroleira na Amazônia equatoriana e a luta das comunidades indígenas por seus direitos.
Episódio 2 | A espera:
Neste episódio, Bruna Montes, uma jovem ativista ambiental, usa as redes sociais para protestar do telhado de um prédio em Buenos Aires. Ao contar a sua história, ela revela a realidade devastadora que a sua família enfrenta: a sua avó, vítima da poluição causada pela empresa Chevron, está em estado crítico devido a uma nefropatia aguda.
Por meio de testemunhos e arquivos midiáticos, é explorado como o legado de injustiça deixado pela decisão do Tribunal de Haia e como a luta pela justiça ambiental não é apenas uma questão local, mas um desafio global que envolve todos nós. A voz de Bruna ressoa como um apelo à ação, conclamando os ouvintes a se unirem na defesa dos direitos humanos e na proteção ambiental.
Episódio 3 | Ultimato:
No episódio final de Azotea acompanhamos a luta de Bruna Montes, ativista equatoriana que enfrenta a Chevron e exige justiça pela devastação ambiental na Amazônia. Por meio de uma emocionante conferência de imprensa e de testemunhos comoventes das pessoas afetadas, o episódio leva-nos às consequências da poluição causada pelas empresas transnacionais. Unimo-nos a Bruna no seu protesto para que a ONU e outras organizações internacionais adotem um Tratado Vinculante, um passo crucial para acabar com a impunidade corporativa e proteger os direitos humanos.
Este podcast foi produzido com o apoio financeiro da ASDI por meio do ForumCiv. Nem ASDI nem o ForumCiv participaram na produção deste podcast, nem são responsáveis pelo seu conteúdo ou pelas opiniões nele expressas. Uma produção original da Tristana Productions para ATALC.
Estamos acompanhando as informações acerca das comunidades indígenas, quilombolas e de pesca artesanal que, como toda a população, enfrentam os impactos decorrentes deste último evento climático que bateu recordes no Rio Grande do Sul.
Ontem terminamos um mapeamento das comunidades indígenas que estão sendo mais impactadas pelas águas e identificando os casos mais graves, para posteriormente pensarmos em ações conjuntas de apoio e solidariedade, e subsidiar a tomada de ações pelo Poder Público.
Retomada Arado Velho, em Porto Alegre (RS)
De todas as comunidades indígenas, destacamos três casos Guarani emergenciais:
Comunidade Yjerê da Ponta do Arado, em Porto Alegre (bairro Belém Novo), onde o cacique Timóteo preferiu se manter na área após abandonarem suas casas às margens do Guaíba e se deslocarem para um terreno mais elevado.
Comunidade Pekuruty, em Eldorado do Sul, e Comunidade Pindó Poty, em Porto Alegre (bairro Lami), as quais precisaram deixar suas áreas com apoio da Defesa Civil. No entanto, após a saída das famílias Guarani da comunidade Pekuruty, o DNIT destruiu suas edificações às margens da BR-290, sem qualquer consulta ou justificativa.
As águas ainda seguem subindo na região de Porto Alegre. Nos municípios de Canoas, Esteio, Sapucaia, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Guaíba e Eldorado do Sul, Cachoeirinha, além dos bairros de Porto Alegre, especialmente nas zonas Norte e Sul, a situação ainda é desesperadora.
Precisamos que as águas baixem para a gente poder atuar no sentido de assegurar habitação, alimentação e todo o apoio na reconstrução das comunidades indígenas.
Além das comunidades já citadas, realizamos um mapeamento preliminar para identificar as comunidades indígenas mais impactadas em decorrência deste evento climático extremo. O mapeamento foi realizado em conjunto pela Comissão Guarani Yvyrupa, Cimi-Sul, FLD/ Comin/Capa e CEPI, a partir do contato com a a diversas lideranças/representantes indígenas e acessando as informações da Funai e Sesai.
Vídeo da Aldeia Tekoa Ñhu Poty, em Passo Grande (RS):
Até o momento, constam as seguintes comunidades indígenas em situação de emergência:
Água Santa: Kaingang Acampamento Faxinal e TI Carreteiro.
Barra do Ribeiro: Mbyá-Guarani Passo Grande Ponte, Flor do Campo, Yvy Poty, Ka’aguy Porã, Guapo’y e Coxilha da Cruz, Tapé Porã.
Cruzeiro do Sul: Kaingang Acampamento TãnhMág (RS-453).
Eldorado do Sul: Mbya Guarani Pekuruty.
Engenho Velho: Kaingang TI Serrinha.
Erebango: Kaingang TI Ventarra, Guarani de Mato Preto.
Estrela Velha: Ka’aguy Poty.
Estrela: Kaingang Jamã Tý.
Farroupilha: Kaingang Pãnónh Mág.
Faxinalzinho: Kaingang TI Kandóia.
Iraí: Kaingang Goj Veso e Aeroporto.
Lajeado: Kaingang , Foxá.
Maquiné: Mbya Guarani Ka’aguy Porã, Yvy Ty e Guyra Nhendu.
Mato Castelhado: Kaingang Tijuco Preto.
Osório: Mbya Guarani Tekoa Sol Nascente.
Passo Fundo: Kaingang Goj Yur, Fág Nor.
Porto Alegre: Charrua Polidoro, Mbyá-Guarani Ponta do Arado e Pindó Poty, Mbya Anhatengua, Kaingang Gãh Ré (Morro Santana), Tupe Pan (Morro do Osso).
Riozinho: Ita Poty.
Rodeio Bonito e Liberato Salzano: TI Rio da Várzea (emergência na Linha Demétrio).
Salto do Jacuí: Kaingang Horto Florestal, Aeroporto e Júlio Borges, Mbyá-Guarani Tekoá Porã.
Santa Maria: Mbya Guarani Guaviraty Porã e Kaingang Kētƴjyg Tēgtū (Três Soitas).
Santo Ângelo: Mbya Guarani Yakã Ju.
São Francisco de Paula: Xokleng Konglui.
São Leopoldo: Kaingang Por Fi Gá.
São Gabriel: Mbya Guarani Jekupe Amba.
São Miguel das Missões: Mbyá-Guarani Koenju.
Tabaí: Kaingang PoMag.
Terra de Areia: Mbya Guarani Yy Rupa.
Torres: Mbya Guarani Nhu Porã.
Palmares do Sul: Mbya Guarani da Granja Vargas.
Viamão: Mbya Guarani Nhe’engatu (Fepagro), Pindó Mirim, Mbya Guarani Jatai’ty TI Cantagalo e Takua Hovy.
Vicente Dutra: Kaingang TI Rio dos Índios.
As Organizações encaminham essa relação, que não é definitiva, pois ainda há informações necessárias a serem acrescentadas, mas através da qual se pede ao Poder Público atenção no sentido de garantir assistência adequada neste tempo de tantas adversidades.
Pede-se também apoio às organizações e entidades da sociedade no sentido de auxiliarem, através de apoios e ações solidárias às comunidades que necessitaram de alimentação, material de higiene e limpeza além de lonas, telhas, colchões e cobertores.
Vídeo da Aldeia Tekoa Ñhu Poty, em Passo Grande (RS):
Assinam esse documento a Comissão Guarani Yvyrupa, o Cepi, Cimi Sul e FLD/Comin/Capa.
Apoios e ações solidárias às aldeias indígenas:
Aldeias necessitaram de alimentação, material de higiene e limpeza além de lonas, telhas, colchões e cobertores.
👉🏽 Ponto de coleta de doações para as comunidades indígenas:
📍Paróquia Menino Jesus de Praga, Rua Dr. Pitrez, 61, bairro Aberta dos Morros, Porto Alegre/RS