Oficina de Olho na Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM)

🔍 Na sexta-feira (31), ocorreu a “Oficina de Olho na CFEM”, na Fecosul, em Porto Alegre (RS). O encontro aprofundou o debate sobre o modelo mineral brasileiro. Como pesquisador da De Olho na CFEM, Eduardo Raguse, do @mam, @comite e ATBr, expôs o que é e como se dá a Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) em diferentes municípios do Brasil.

🚩 Pontos como minerodependência, finitude dos recursos, falácia do desenvolvimento e injustiça econômica foram abordados. E por meio do acompanhamento e investigações dos impostos gerados no país a partir da atividade, fica evidente: Mineração no Brasil é um saque.

🚨 No atual modelo mineral, a atividade gera impactos devastadores aos povos e territórios de vida, ampliando violência, feminicídio, prostituição infantil, poluição, contaminação, devastação da natureza e adoecimento físico e mental da população. Além disso, apenas migalhas acabam sobrando para os municípios minerados, devido à baixa alíquota à CFEM e das altíssimas taxas de sonegação por parte do setor minerário.

Durante a oficina, aspectos como a falta de transparência dos municípios quanto à utilização dos recursos que vem da mineração, assim como a falta de controle social sobre seu uso, foram discutidos.

Urge construirmos outros horizontes, com mecanismos de controle social e acesso à utilização dos recursos, exigindo transparência e priorizando a utilização desses recursos para o bem-estar das comunidades e para a diversificação econômica, superando a dependência da mineração no nosso país.

Seguimos em luta por um novo modelo mineral brasileiro, soberano e popular!

Acesse a apresentação feita durante a Oficina e fique por dentro dos dados: 2025-01-31 – Oficina CFEM RS – Eduardo Raguse

Série “Por dentro do Pampa: conservação, desafios e políticas ambientais” debate a relevância da defesa do bioma e de seus povos

Série lançada pela Amigas da Terra Brasil em parceria com a especialista Luiza Chomenko traz a tona reflexões cruciais sobre o Pampa. Além de contextualizar as atuais ameaças, aponta caminhos para assegurar a defesa dos direitos humanos e dos povos, assim como do bioma

Os desmontes em proteção ambiental e em políticas que incluem a natureza, assim como o avanço de novo ciclo de monocultivos no Rio Grande do Sul (RS), se entrelaçam com antigas violências que incidem nos territórios de vida gaúchos. As nascentes e águas que correm, os banhados e os campos nativos, assim como a cultura dos povos tradicionais, quilombolas e indígenas e todo o bioma Pampa estão ameaçados. Mas a luta continua, e a defesa dos biomas e dos povos é crucial para frear a emergência climática e garantir direitos.

A pesquisadora e doutora em Biologia, Luiza Chomenko, se dedica há mais de três décadas à questão socioambiental e à defesa do Pampa, que significa, também, a defesa de nossas vidas. Na série “Por dentro do Pampa: conservação, desafios e políticas ambientais” trazemos esse debate à tona na voz de Luiza, salientando as riquezas do bioma, que estão especialmente nas suas gentes e histórias. Além disso, a especialista compartilha seus conhecimentos e reflexões sobre o atual contexto do Pampa, que está sob ameaça com uma série de projetos que, em nome do lucro, ignoram os ciclos de vida.

Confira mais sobre o Pampa no livro “Nosso Pampa desconhecido”, organizado por Luiza Chomenko e Glayson Ariel Bencke

A série conta com quatro vídeos, em que Luiza aborda a relevância da cultura do Pampa e de suas gentes, que se conectam e coabitam com os ciclos de vida do bioma. A pesquisadora destaca a diversidade de fauna e flora entre banhados, zonas úmidas e áreas campestres, apresentando também reflexões sobre crédito de carbono e os impactos dos monocultivos – que de plantios industriais de árvores à expansão da soja no RS, causam o descampamento do Pampa, a remoção de comunidades tradicionais e o risco de eliminação de espécies.

No primeiro vídeo, Luiza expõe qual é a atual situação do bioma, destacando a importância de sua preservação. Aborda, ainda, as dificuldades em relação a políticas efetivas que valorizem na prática a sociobiodiversidade. Ponto que, quando não é considerado, coloca em risco a sobrevivência do Pampa.

No segundo vídeo da série, a pesquisadora e doutora em biologia se debruça na importância inestimável do bioma, que abriga milhares de espécies e uma diversidade singular. Também expõe a relevância dos povos e da cultura que nele coabitam, indicando que uma das maiores riquezas deste está na sua gente e na sua cultura, intimamente conectada à natureza.

Neste episódio abordamos como os modelos inadequados de uso de solo, nas áreas rurais e urbanas, se relacionam às ameaças ao Pampa, colocando em risco a própria sobrevivência de comunidades tradicionais – forçando sua remoção e causando impactos ambientais, culturais, psicológicos e emocionais. Luiza fala das consequências do descampamento, fenômeno de devastação do campo, que também elimina espécies de relevância global e espécies endêmicas, quando o RS possui extensas listas sobre fauna e flora ameaçadas de extinção. Pontos ignorados, mas que são fundamentais na formulação de ações e políticas em defesa do Pampa.

A defesa dos biomas e dos povos é fundamental para garantir direitos humanos, territoriais e para frear a emergência climática. Seguimos em luta pela preservação do Pampa e pela dignidade de seus povos ✊🏼🌿

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