Amigas da Terra Brasil na Plenária do Bioma Pampa – Plano Clima Participativo: Pela soberania e autonomia fundiárias dos povos

Na segunda-feira (16/09), a Amigas da Terra Brasil esteve junto a movimentos sociais e construções de base levando demandas dos territórios de vida à Plenária do Bioma Pampa, que integra o Plano Clima Participativo, iniciativa do Governo Federal. No vídeo, Eduardo Raguse fala sobre o encontro, falsas soluções na emergência climática e a relação dos monocultivos de árvores (que avançam de Norte a Sul do Brasil) com a pauta. Aborda, ainda, quais são as reais soluções e caminhos para frear tragédias anunciadas.

Levando em consideração que não há justiça climática sem justiça para os povos, defendemos que o Plano Clima deverá servir de instrumento para promover a reparação histórica, centrada em soluções climáticas baseadas no direito dos povos ao território.

🚩 O Grupo Carta de Belém, da qual a Amigas da Terra faz parte, participa do processo com a proposta de que o Plano Clima destine recursos dos fundos de meio ambiente e clima, prioritariamente, para a garantia de soberania e autonomia fundiárias dos povos. Pelo direito dos povos aos territórios de vida e para que estes territórios sigam existindo, assim como toda diversidade que os coabita, a proposta demanda que sejam priorizadas:

👉🏽Demarcação de terras indígenas
👉🏽Titulações de territórios quilombolas
👉🏽Regularização de territórios tradicionais
👉🏽Reforma agrária
👉🏽Reforma urbana

Vote para esta proposta se tornar parte do Plano Clima: bit.ly/PovosNosTerritórios 

Conheça e vote em propostas feministas e populares :
bit.ly/4dcgj5x

Foto: ATBr
Foto: ATBr

O encontro ocorreu no auditório da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre (RS). As reuniões têm o intuito de engajar a sociedade civil no envio de propostas, tirar dúvidas sobre o processo e informar sobre as etapas da elaboração da estratégia que vai guiar a política climática do país até 2035. A votação para as propostas ocorre até o dia 17/09, e cada pessoa pode votar em até 10 propostas. As mais votadas poderão ou não ser incorporadas ao texto após análise do Governo Federal. Participe!

#demarcaçãojá #titulaçãojá #reformaagráriapopular #reformaurbana #planoclimaparticipativo #povosnosterritórios

[Votação Prorrogada] Orientações para votação feminista no Plano Clima Participativo do Governo Federal!

A Amigas da Terra Brasil se soma a Marcha Mundial das Mulheres na mobilização de votos nas propostas dos nossos movimentos, redes e coletivos parceiros no Plano Clima do Governo Federal.  Confira o material produzido pela Marcha Mundial das Mulheres e saiba como votar em propostas reais para atravessarmos a emergência climática:

O Plano Clima definirá as estratégias nacionais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover a adaptação aos impactos das mudanças climáticas. O Plano Clima Participativo é o espaço de participação dos movimentos neste processo, e tem etapas de encontros presenciais (entre julho e agosto de 2024, uma plenária por cada bioma) e a participação em plataforma online com votação de propostas.

Para entender melhor o processo, clique aqui.

Estamos articuladas em nível nacional com as companheiras do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), do Grupo Carta de Belém, do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (CONTAG), da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA).

Vamos votar nas propostas dos povos, das trabalhadoras e das mulheres das águas, florestas, campos, urbanas periféricas e periurbanas! Cada pessoa pode votar em até 10 propostas e o voto é através de acesso ao login do gov.br, no site do Plano Clima Participativo.

A votação se encerra dia 10/9, não deixe para a última hora!

Abaixo listamos as propostas e o link para acessá-las:

  • Grupo Carta de Belém

O Grupo Carta de Belem propõe que o Plano Clima destine recursos dos fundos de meio ambiente e clima prioritariamente para a soberania fundiária

  • Movimento de Mulheres Camponesas (MMC)

Promover a justiça climática através de política pública para estruturação dos quintais produtivos agroecológicos das mulheres rurais e urbanas. 

  • Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (CONTAG)

Criação de um Plano de Adaptação ESPECÍFICO para a Agricultura Familiar (população do campo, das águas e das florestas amparado pela 11.326/2006)

  • Centro Feminista 8 de março (CF8)

Caatinga Viva pelas mãos das mulheres 

  • Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)

Criação da Política de Segurança para Populações Atingidas por Desastres Climáticos

  • Central Única dos Trabalhadores (CUT)

Programa de Empregos de Interesse Público-Comunitário em territórios atingidos por impactos socioambientais

  • Federação Única dos Petroleiros (FUP)

Transição Energética Justa Centrada no Trabalho

  • Movimento Interestadual Das Quebradeiras De Coco Babaçu (MIQCB)

Proteção das florestas nativas de babaçu

Também recomendamos voto nos demais movimentos, redes e organizações territoriais aliadas da MMM:

Mudar o mundo para não mudar mais ainda o clima. Mudar o mundo para mudar a vidas das mulheres!

Conteúdo originalmente publicado em: https://www.marchamundialdasmulheres.org.br/orientacoes-da-mmm-para-votacao-feminista-no-plano-clima-participativo-do-governo-federal/ 

Povos nos territórios: Proposta do Grupo Carta de Belém para o Plano Clima pauta garantia de soberania e autonomia fundiárias dos povos

As enchentes no Rio Grande do Sul, a seca histórica no Pantanal e a fumaça que borra o céu em diversos estados, vinda das queimadas da Amazônia, são anuncio de um modo de vida e de produção que precisa ser freado. No soslaio destas tragédias anunciadas, assim como no cotidiano, é possível sentir cada vez mais os impactos da emergência climática na pele das águas, da terra, do ar, dos bichos e das gentes.

Diante desta realidade, o governo brasileiro iniciou a elaboração do Plano Clima, através do Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM). Por meio da plataforma Brasil Participativo é possível votar, até o dia 26 de agosto, em dez propostas enviadas por cidadãos e organizações sociais.

O Grupo Carta de Belém incide no processo com a proposta de que o Plano Clima destine recursos dos fundos de meio ambiente e clima, prioritariamente, para a garantia de soberania e autonomia fundiárias dos povos. Pelo direito dos povos aos territórios de vida e para que estes territórios sigam existindo, assim como toda diversidade que os coabita, a proposta demanda que sejam priorizadas as seguintes ações:

👉🏽Demarcação de terras indígenas
👉🏽Titulações de territórios quilombolas
👉🏽Regularização de territórios tradicionais
👉🏽Reforma agrária
👉🏽Reforma urbana

Levando em consideração que não há justiça climática sem justiça para os povos, defendemos que o Plano Clima deverá servir de instrumento para promover a Soberania Alimentar e a reparação histórica, centrada em soluções climáticas baseadas no direito dos povos ao território. #demarcaçãojá #titulaçãojá #planoclima

🌱 Vote para que esta proposta se torne parte do Plano Clima: bit.ly/PovosNosTerritórios 

A solução são os povos nos territórios. Está na reparação histórica para quem há mais de 500 anos faz da preservação da natureza e da luta pela vida ponta de lança para sobreviver e tornar possíveis outros mundos ✊🏽

O Plano Clima será o guia da política climática do Brasil até 2035. A participação da sociedade civil nesse processo é fundamental. Vote, divulgue e participe.

Conteúdo originalmente publicado no Grupo Carta de Belém, em: https://www.cartadebelem.org.br/povos-nos-territorios-proposta-do-grupo-carta-de-belem-para-o-plano-clima-pauta-garantia-de-soberania-e-autonomia-fundiarias-dos-povos/ 

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